sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vivendo ilusões

Vamos lá. Mais um devaneio, mais um texto que eu acho que não faz sentido nenhum, ou que meu egoísmo permite achar que ele é só pra mim.

É fácil ouvirmos as frases "você deve esquecer isso"; "quem vive de passado é museu (ou as glórias do SPFC*)"; levante a cabeça e não olhe para trás e blá blá blá. O que acontece é que nem sempre quem fala vive assim. Digo por mim, não sou diferente.

Vamos pensar agora somente nas estrelas. Em duas situações que, somadas, resultam no que eu quero falar. Sabemos que várias estrelas que aparecem para nós, formam lindos céus estrelados, mas estão a não sei quantos anos-luz da Terra. Essa distância permite que elas morram e mesmo assim continuem aparecendo pra nós. Pois se estão situadas a certa distância da Terra, é claro que sua luz chegue depois de um certo tempo para nós. Portanto, elas morrem e a gente ainda as enxerga. Situação um: concluída.

Partindo do mesmo pensamento que a luz das estrelas demora proporcionalmente à sua distância para chegar a nossos olhos, é fácil pensar que algumas estrelas estão lá no céu e a gente ainda não as enxerga. Tudo pelo simples fato de sua luz não ter alcançado ainda o nosso planeta. Situação dois: concluída.

Tudo isso nos incita o pensamento que estamos vivendo embaixo de ilusões. Assim diria o professor de física do pré-vestibular. Pronto, somamos e chegamos no resultado. A luz das estrelas que nós enxergamos mas já morreram, nos lembra o passado. Aquilo que a gente já viveu e ainda insiste em remoer. Insiste em sofrer e triturar e mastigar e ainda em tempo, sofrer mais um pouco. Mesmo que já tenha sido, nós ainda queremos enxergar.


E da mesma forma acontece com a luz que ainda não vemos. A estrela tá lá, já existe. Mas algo nos impede de ver o seu brilho. A gente tem coisas pra enxergar, preocupar, ficarmos alegres hoje, mas tudo que queremos ainda está no passado. Isso nos impede de ver aquilo que pode nos provocar todas essas reações. A preocupação com o que já foi + a nossa falta de vontade de querer algo novo é igual à toda ilusão gerada dentro do nosso coração.

Diferente da alusão que eu fiz sobre estarmos vivendo embaixo de ilusões, nós estamos vivendo ilusões. Queremos aquilo que não volta e não queremos o que pra nós está ou é. O conjunto desses dois nos limita a viver ilusões. E a decisão de acabar com esse engano, é somente nossa. Só a gente consegue quebrar.

E isso ai. Um beijo nos olhos, de quem enxerga o que era, e que quer enxergar aquilo que é .
*nota de rodapé: o hino do SPFC traz o seguinte verso: "As suas glórias, vem do passado..." - pra quem não entendeu a piadinha entre parênteses.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

(Y)

Então já é o dia em que a realidade toma conta daquilo que nos faz pensar. Caramba, pensei que demoraria mais. O sentimento de estar deixando para trás aquilo que melhor te aconteceu, os dias que você mais vai se lembrar...Ah, se eu pudesse parar no tempo e viver dando replay em alguns dias. Ou em apenas algumas horas. Tá bom, eu me contentaria em reviver alguns poucos minutos.


Já está na hora de viver aquilo que nos assombra.Os dias difíceis (descartando a possibilidade de os dias passados terem sido fáceis) já estão batendo na porta. Sua primeira lágrima escorre. E quem passa por isso, por mais que minha mãe discorde, sabe que não é drama que eu estou fazendo.


Pudera eu pegar os dias, dobrá-los e guardá-los numa gaveta. Assim como faço com as minhas camisetas. Pra apenas acordar de manhã, e de acordo com o dia ou meu próprio humor, vesti-los na intenção de reviver tudo aquilo que foi. Que foi bom ou no momento ruim, mas que hoje nos arranca momentos nostálgicos pela lembrança.


Sabe qual é o nome disso, querido amigo? Incerteza do que vai acontecer amanhã/falta de confiança/apego/e blá blá blá (como diria uma amiga em tal situação, ou não...). É mais do que claro, que se eu sei e tenho experiências de algo que já aconteceu, que eu não quero algo que eu não sei como vai ser e muito menos que dimensões irá tomar. E não venha discordar de mim, porque muitas pessoas, pra não generalizar, são assim. 


E é apenas isso que existe pra comentar de algo que foi bom e que ficou para trás. Ficou na minha memória e parece não querer mais deixá-la um minuto apenas...nem pra respirar. Revelarei o que está chegando que causa toda essa inquietação. O nome disso é: AMANHÃ TEM AULA, GALERA! IAUSHIAUHSIAUHSAIUHAS :/


beijos nos olhos, de alguém que ainda preza suas últimas horas de férias...Sumindo em 5 4 3 2....... 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Amizade é Como Um Chuveiro a Gás

Tem dias (geralmente quando eu fico com sono) que as metáforas tomam conta de mim e eu começo e não paro nunca mais. Num dia desses de inspiração tomando um banho 'pouco' instável foi quando surgiu a teoria/filosofia/pensamento que diz que a amizade é como um chuveiro a gás. Não é um texto recente e estou postando-o novamente por motivos ortográficos e estéticos, que quando publicado pela primeira vez, não estava em sua melhor forma.

 A amizade é como um chuveiro a gás. HÃAN? Um chuveiro a gás num acampamento (especificamente aquele com um chuveiro elétrico e dois a gás em cada quarto) depende de outro chuveiro pra ser quente, frio, muito potente ou pouco potente. E assim são os relacionamentos. Em questão: a amizade. Amizade não existe sendo eu e somente eu, como qualquer outro relacionamento também não exista assim. Quando eu, ou as outras pessoas que se dizem amigas se ligam em coisas que julgam ser mais importantes que o próprio relacionamento (e que interfiram nele), a amizade esfria e a potência diminui. Isso acontece num chuveiro a gás: quando todas as meninas (do seu quarto, no caso) vão tomar banho e os dois chuveiros a gás são ligados. O que está despejando água sobre você fica fraco e frio. Mas quando eu, ou você, ou a outra pessoa do relacionamento, vulgo amizade, percebemos que o que fizemos foi uma grande besteira (não no caso do banho), nos desligamos dessas coisas que ora já foram mais importantes, aumentando assim a potência e a 'temperatura' da amizade (claro que com o tempo). Fatidicamente e cicloviciosamente (tudo bem, não existe essa expressão) também acontece num chuveiro a gás: a menina do chuveiro ao lado percebe que já está no banho há muito tempo, desliga seu chuveiro e deixa você tomar o seu banho tranqüilamente quente e potente.

Concorde você comigo ou não, é isso que eu quero dizer quando solto: “A Amizade é Como Um Chuveiro a Gás”.

Um beijo nos olhos e um ótimo fim de vida boa para vocês que assim como eu, já voltam para a escola dentro de alguns dias!