domingo, 13 de maio de 2012

Estranho. Tudo é estranho!


          Tudo bem... ser entranho para os outros já é normal. Todos são estranhos aos olhos alheios. A diferença em vez de unir causa espanto.  Todos já se acostumaram com o espanto. Faz parte de como nos expressamos. É um bichinho de estimação que ninguém quer largar.
          A única coisa que não é normal, tratando-se de ser/estar estranho, é quando você se sente estranho em relação a si mesmo. Quando nos acostumamos com algo inteiro qualquer falta de pedaço é diferença. Mudanças então... nem se fala. Estranho é perder algo que faz parte de você. Imagine-se sem uma orelha.
          Estranho é querer “voltar ao normal”, mas manter-se na inércia até que a intervenção de uma força, seja pelo amor ou pela dor, altere seu estado inerte.
          Estranho é escrever e por incrível que pareça continuar com o mesmo “sorriso ao contrário” de alguns minutos atrás. Estranhos são até os beijos nos olhos que eu costumo deixar aqui.
          


          Estranho. Tudo é estranho!
(não vou pedir que ignorem a quantidade de repetições da palavra "estranho" aqui. Era assim mesmo que eu queria que fosse.)

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